domingo, 16 de dezembro de 2012

ENCOUNTERS AT THE END OF THE WORLD (2007)






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There is a beautiful saying by an American philosopher, Alan Watts. He used to say that through our eyes the universe is perceiving itself, and through our ears the universe is listening to its cosmic harmonies. And we are the witness to which the universe becomes conscious of its glory. Of its magnificence. 

Stefan Pashov, no filme

Se as ficções recentes de Herzog não me tinham convencido totalmente (há que revê-las urgentemente), agora levo na cara  outra vez com o "ficção e documentário são uma e a mesma coisa". A questão nem se põe. Filmam-se medusas e seres-humanos num bailado cósmico sem saber que mais segredos nos estão reservados, um pinguim a aventurar-se doido pelo gelo mortal da Antárctica e os travellings como se caminhos para as descobertas profundas fossem. E é destas incertezas e hesitações que nasce a ficção, como vislumbres para odisseias épicas a que só timidamente nos aventuramos.

É preciso saber, é preciso lembrar que para se fazer narrativa, há-que descrever um arco em que se suporta e engloba todas as coisas. Tudo tem o seu lugar. Retenho, portanto, o olhar abismado de Stefan Pashov - filósofo e empilhador - e que é esboçado pelos contornos do mar mais profundo e da montanha mais íngreme. Um ser de corpo inteiro.

"Filme montanhas, meu querido amigo. Quando tiver aprendido a filmar a natureza, saberá filmar os homens." (Lubitsch dixit)

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